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Médicos federais mantêm paralisação

Os médicos que atuam na rede pública federal no Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade dar continuidade à greve iniciada em 17 de fevereiro. A deliberação aconteceu na reunião convocada pelo CREMERJ e pelo Sinmed-RJ nessa segunda-feira,  17, para avaliar o movimento e traçar os próximos passos.

A categoria deliberou, ainda, tentar obter uma audiência com o ministro da Saúde, Arthur Chioro,  para iniciar uma mesa de negociação sobre as reivindicações dos médicos. Em outra frente, será intensificado o trabalho de campo nos hospitais, incluindo assembleias com os médicos, reuniões com os pacientes e confecção de cartazes e folhetos.

Um dos pontos mais destacados dentre as reivindicações é o retorno do pagamento da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST),   substituída pela GDM a partir da vigência da MP 568, transformada na Lei 12.702/2012. Com a mudança, os médicos perderam em torno de R$ 1.300 por matrícula e seus  vencimentos tornaram-se inferiores aos dos demais servidores federais de nível superior.

“A nossa união e a nossa organização são fundamentais para os rumos do movimento, pois só chegaremos à conquista de uma saúde digna com a plena mobilização da categoria”, frisou o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon.

O presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, insistiu que a greve deve continuar, com as devidas reestruturações: intensificação da mobilização e melhora na comunicação com os médicos e o público em geral.

Durante o encontro, ainda foi informado que o corpo técnico-administrativo das universidades e institutos federais entrariam em greve na terça-feira, 18,  o que deve afetar os hospitais universitários. A categoria luta, principalmente, por reestruturação no plano de cargos, com objetivo de unificar funções que atualmente são feitas por funcionários públicos com cargos diferentes.

A reunião também contou com a presença dos conselheiros Pablo Vazquez, Gil Simões e Armindo Fernando da Costa e de três dirigentes da Fenam, que vieram passar a semana no Rio de Janeiro para percorrer os hospitais federais e fortalecer o movimento grevista: o diretor Financeiro Mário Ferrari, o secretário de Saúde Complementar, Márcio Bichara, e o secretário de Direitos Humanos, José Murisset.

O CREMERJ, o Sinmed-RJ e a Fenam divulgaram a agenda de assembleias programadas para acontecer nos auditórios nos hospitais federais ao longo dessa semana:  dia 19, às 8h, no Instituto Nacional Cardiologia, em Laranjeiras; dia 19, às 10h, no Hospital do Andaraí; dia 20, às 12h, no Into; e dia 24, às 10h, no Hospital de Ipanema.

A Assembleia Geral do Médicos está marcada para a próxima segunda-feira, dia 24, às 19h30min, no CREMERJ, quando será discutida a organização da manifestação de 7 de abril.

FONTE: CREMERJ

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