IUV atinge categoria extrema em João Pessoa
Em uma escala que vai até 14, índice de radiação ultravioletana capital já atinge o nível 11 que é considerado extremo.
Faltando pouco mais de um mês para o fim do inverno e início da primavera, o índice de radiação ultravioleta (IUV) em João Pessoa já atinge o pico de 11 (ao meio-dia) – número incluído na categoria extrema, na escala IUV. Os dados são do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTec/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe) e alertam para a necessidade de proteção nos horários de sol mais forte.
Segundo a pesquisadora do Centro, Simone Coelho, o índice de radiação ultravioleta varia no decorrer do dia, chegando ao valor máximo ao meio-dia. No entanto, a partir das 9h30 até as 16h os raios já possuem intensidade mais forte. A previsão é que, no início da primavera (24 de setembro) a intensidade chegue ao valor máximo de 14 – também extremo -, persistindo até janeiro.
“Em março os valores diminuem novamente, mas como o Estado da Paraíba fica próximo à linha do equador, os índices de UV são sempre os maiores”, informou Simone Coelho, ao acrescentar que “o índice atual está dentro da normalidade, mas indica que ainda é necessário evitar a exposição ao sol nos horários mencionados e, caso não seja possível, que a pessoa use protetor e vestimentas que assegurem a saúde”.
A pesquisadora orientou, ainda, que as pessoas observem o ciclo dos raios ultravioletas e assim escolham os melhores horários para a prática de atividade física. “Alguns educadores, por exemplo, levam as crianças para a quadra descoberta em horário de pico de radiação”, alertou. Simone citou que existem vários efeitos da radiação no organismo.
Na medida adequada a radiação estimula, de forma positiva, a produção da Vitamina D. De forma excessiva, no entanto, os raios provocam sardas, queimaduras, envelhecimento precoce e até câncer de pele, como alerta a dermatologista Luciana Trindade, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Paraíba.
A médica explica que, de todos os tipos de tumores, os de pele são os mais comuns e os mais simples de serem tratados. No entanto, é preciso que as pessoas busquem tratamento assim que surgirem os primeiros sintomas.
“Manchas, caroços vermelhos e marrons, que sangram e que cicatrizem devem ser avaliadas por um dermatologista. O tipo mais grave de câncer de pele é o melanoma, que se apresenta por meio de manhas escuras que, em muitos casos, aparecem em cima de sinais que já existem naturalmente na pele”, afirmou.
Apesar de ser o mais grave, o câncer de pele não é o único problema que a radiação solar pode causar à saúde da população. A dermatologista destaca que a exposição exagerada ao sol também é responsável pelo envelhecimento precoce, insolação e até problemas de visão. “É comum as pessoas que são submetidas a muitas horas ao sol ficarem com dores de cabeça, sentir mal-estar e até tonturas”, declarou.