A abertura de cursos, similares aos da medicina estética, também é criticada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Esses cursos são voltados a profissionais de outras áreas de saúde, que não a medicina. Com aulas que são ministradas apenas por fisioterapeutas, biomédicos e dentistas, os alunos se sentem supostamente habilitados a realizar os procedimentos”, frisou Luciana Rabello Oliveira, presidente da SociedadeBrasileira de Dermatologia regional Paraíba.

Para barrar o funcionamento desses cursos, a SBD recorreu ao Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitando medidas enérgicas contra “esses abusos e invasão da atuação médica nesses procedimentos”.

De acordo com Luciana, a consequência é o aumento no volume de complicações nos pacientes, que posteriormente procuram dermatologistas ou até mesmo cirurgiões para resolver os problemas causados.

A presidente da SBD-PB disse que soube, através do departamento jurídico do CFM, que as denúncias foram acatadas e que medidas institucionais, políticas e jurídicas serão tomadas a favor da defesa profissional do exercício da medicina e da dermatologia.

“O problema é que a área de atuação da medicina não está sendo respeitada”, ratificou Luciana. Dentre os casos, segundo a médica, estão procedimentos dermatológicos de risco, como preenchimentos, laser, peelings profundos, toxina botulínica e outros tratamentos.