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Brilha, mas nem tanto: eficácia de produtos de beleza com ouro divide opiniões

Atrativos, luxuosos e com promessas irresistíveis: diminuir as rugas e trazer de volta a vitalidade da pele. Os cosméticos com ouro em sua fórmula não são novidade no mercado, mas parece que ainda vai demorar para a polêmica que os rodeia passar, uma vez que as opiniões de especialistas sobre os efeitos do ouro na pele ainda são bem divergentes.

Entre os dermatologistas impera o questionamento sobre a eficácia do ouro como rejuvenescedor e muitos desconhecem estudos comprovando que as propriedades do ouro favorecem a pele. Encontrado em máscaras e cremes de beleza, a presença do metal nesses cosméticos não chega a ser considerada tóxica – por ser em quantidade muito pequena. O problema é que os médicos também não conseguem identificar os benefícios trazidos pela combinação, fazendo muitos especialistas considerá-lo meramente ilustrativo.

“No geral, mal não faz, mas para mim ele é puramente um atrativo de mercado já que para nós, dermatologistas, não existe nenhuma comprovação científica de que ele ajude a pele em alguma coisa”, salienta a dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Minas Gerais, Ana Cláudia de Brito Soares. O único alerta que a dermatologista faz, é a possibilidade dos cosméticos causarem dermatites alérgicas e irritações. Um uso conhecido do ouro como medicamento foi no tratamento de artrite reumatoide  A dermatologista norte-americana Jeannette Graf pesquisou o histórico do uso dele na saúde e constatou que o metal já foi popular devido à suas qualidades como anti-inflamatório. “No entanto, o seu uso diminui ao longo dos anos por causa da alta incidência de reações adversas e efeitos colaterais”, pontua.

Ela ainda afirma que apesar do registro documental dessas propriedades, não existem evidências de que o metal traga algum benefício para a pele. “Nenhum estudo que explorasse o efeito do ouro na pele de homens ou animais foi encontrado e não há prova cientifica que apoiem o efeito dele no colágeno”, pontua.

No entanto, um físico mineiro discorda da afirmação da norte-americana. O professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Luiz Orlando Ladeira, afirma que, por meio de pesquisas em nanotecnologia, descobriu que o ouro pode ajudar a inativar as áreas de defeito do colágeno.

“Tenho certeza absoluta que o ouro ajuda no rejuvenescimento. Não existem muitos estudos mesmo que comprovem isso, mas eu estudo nanotecnologia desde 2000 e tenho visto na prática como o ouro contribuiu para corrigir o defeito do colágeno”, explica.

Fonte: UAI.com.br

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