Avanço da hanseníase em no interior do Maranhão preocupa profissionais de saúde
Só este ano, 178 pacientes receberam tratamento, entre eles 28 crianças.
Doença se caracteriza por manchas na pele que apresentam dormência.
O programa de controle da hanseníase em Açailândia – Maranhão, região sul do Estado, registra crianças entre as novas vítimas da doença, como mostrou o JMTV 1ª Edição.
Por ano, aproximadamente 150 pessoas procuram o centro para receberem atendimento especializado. A hanseníase é uma doença que atinge a pele, os nervos dos membros superiores e inferiores, rosto, orelhas e nariz. O tempo entre o contato e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois até mais de dez anos.
As vítimas da doença ainda sofrem com o preconceito, mas esta não é a única característica da doença de Hansen. No município, dos 178 pacientes que estão em tratamento, 28 são crianças, um número que pode ser considerado alarmante.
“Nós nossos registros, até então, não tínhamos casos de crianças menores de cinco anos. E em 2012 já diagnosticamos duas crianças nessa faixa etária com hanseníase. Isso é um dado alarmante e que requer maior atenção e importância, tanto por nossa parte, que somos profissionais, como da população em geral”, afirmou Rosália Sousa, coordenadora do Programa de Controle à Hanseníase na cidade.
Em janeiro, o número de pacientes que recebia medicamentos para tratamento da doença passava de 250. Para lidar com o aumento no número de casos, foi realizado um seminário com médicos, agentes de saúde e enfermeiros discutiu a importância do exame de contatos em parentes das vítimas para interromper a cadeia epidemiológica da doença
“Nós discutimos os dados de hanseníase em Açailândia, com todas as equipes da estratégia de saúde da família, todos os profissionais envolvidos no SUS, para mostrar que cada um pode fazer a sua parte para impactar os níveis da endemia de hanseníase aqui no município”, explicou Isabel Goulart, coordenadora do Centro de Referência Nacional em Hansen.
A hanseníase tem cura, o tratamento dura entre seis a doze meses e é gratuito. Nesse período o doente não precisa se afastar dos familiares. A doença se caracteriza por manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, que apresentam dormência.
Fonte: Portal G1