ANVISA cria novas regras para fabricação de protetores solares
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou novas normas para a fabricação de protetores solares. A resolução, publicada nesta segunda-feira (4), proíbe que produtos sejam vendidos como bloqueadores.
Na praia, na piscina, no parque, em qualquer lugar, a recomendação dos médicos é se proteger contra os raios ultra-violetas.
“Eu passo protetor solar e fico embaixo da sombrinha, me protegendo”, conta um homem.
“Tem que botar o chapéu, óculos, evitar os horários de pico do sol”, indica uma mulher.
A exposição ao sol sem proteção pode provocar uma série de danos à saúde. Os raios UVA e UVB causam queimaduras, vermelhidão, envelhecimento precoce e, o mais grave, câncer de pele.
Para aumentar a prevenção, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária criou normas mais rigorosas para os fabricantes de protetor solar.
O fator mínimo de proteção contra os raios UVB passa de dois para seis. O fator UVA também terá que ser descrito no rótulo e será de, no mínimo, um terço do fator UVB. Nenhum protetor poderá trazer expressões como “bloqueador”, “bloqueio total” ou “100%” de proteção contra o sol, porque isso é impossível. Só depois de passarem por testes específicos, os produtos poderão trazer no rótulo expressões como “resistente à água”, “ao suor” e à “transpiração”. As embalagens terão que indicar a necessidade de reaplicação.
“Tem que repetir o filtro solar a cada duas horas. O sol, a radiação é muito forte, nós somos um país tropical e a pessoa tem que lembrar que o câncer de pele é o câncer de maior incidência no país e pode, inclusive, levar ao óbito”, diz o médico da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Gilvan Alves.
Para a Anvisa, a prevenção do câncer de pele tem que começar cedo.
“Porque não aparece de repente, é uma radiação cumulativa e só daqui a alguns anos que a pessoa vai perceber”, explica a gerente da Anvisa, Josineire Costa Sallum.
Os fabricantes terão dois anos para se adaptar às novas regras.
>>> Veja o vídeo da reportagem no site do G1.
Fonte: G1