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A maquiagem é um meio comum de transmissão de doenças, previna-se

 

Após algumas horas, seja se divertindo ou mesmo trabalhando, surge a necessidade de retocar a maquiagem, e nessa hora pode ser compartilhado um batom por exemplo.

Não queremos assustar ninguém, mas os cosméticos podem transmitir vírus, bactérias e até fungos.

O risco de contaminação é ainda maior se o cosmético estiver fora do prazo de validade, pois existem substâncias que evitam a proliferação de microrganismos, mas elas perdem a sua eficácia quando o produto vence.

No caso do batom, a transmissão do herpes simples acontece com frequência. “O herpes é bastante comum. Há estudos que mostram que 90% da população carrega o vírus do herpes labial”, afirma a dermatologista Elisete Crocco, coordenadora do Ambulatório de Cosmiatria e Acne da Santa Casa de São Paulo.

Uma série de doenças podem ser transmitidas ao emprestar o batom. “A transmissão se dá por causa da saliva. Os microrganismos podem ser transmitidos, mas por um curto intervalo de tempo, pois eles não sobrevivem sem as condições ideais de temperatura”, explica a dermatologista Viviane Frange, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Atenção com as doenças que podem ser transmitidas pela maquiagem

– Não compartilhe sua maquiagem
– Evite usar maquiagem emprestada
– Não use maquiagem de mostruário
– Higienize os pincéis com frequência ou use descartáveis
– Ao lavar os pincéis, deixe-os secar em lugar seco e arejado
– Nunca guarde seus pincéis úmidos
– Não use secador nos pincéis
– Lápis de olho e rímel são os grandes vilões
– Os cosméticos que encostam na borda dos olhos podem acabar levando microrganismos para o globo ocular. Esse processo pode causar blefarite, que é uma inflamação na base dos cílios.

Ainda segundo a oftalmologista, alguns vírus e bactérias mais agressivos – como é o caso do herpes e do gonococo, respectivamente – podem perfurar a córnea em até 24 horas, causando úlceras. “São infecções que podem levar à perda da visão”, conclui.

Cuidado com os pincéis!

Se alguém tem uma micose no rosto, aplica base ou pó compacto com um pincel ou espoja e os empresta, os fungos podem ser transmitidos para outra pessoa. Além disso, o pincel leva com ele resquícios de queratina e tecido orgânico, que podem servir de meio de cultura de microrganismos.

“Tive um caso de uma moça que fez uma maquiagem na cadeira de uma loja nos EUA, com produtos e pincéis que eram usados em todas as pessoas que chegavam lá. Ela desenvolveu um furúnculo no rosto. Precisamos tratar com antibiótico e fazer uma drenagem cirúrgica. Se a pessoa tem uma infecção, certamente ela pode passar para outra”, contou Crocco. A recomendação dos especialistas é clara: não use maquiagens de mostruário em lojas. Mesmo higienizado, o produto é utilizado por muitas pessoas e a limpeza pode não conseguir matar todos os vírus e bactérias.

Em casa, os pincéis devem ser higienizados logo após seu uso. Uma opção é lavá-los com shampoo neutro e deixá-los secar em cima de uma toalha. Evite deixá-los em um local úmido pois a culpa da proliferação dos microrganismos deixará de ser a falta de higienização e passará a ser a umidade.

Há ainda a opção de comprar produtos que retiram resíduos de pigmentos das cerdas com a ajuda do álcool concentrado. “Também se utiliza o álcool 70%, mas o seu uso contínuo pode ressecar as cerdas”, afirma Eri Nascimento, professor do curso de Maquiagem do Senac.

Fonte: SBDRESP

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